Câncer ginecológico




A saúde da mulher é um dos assuntos mais abordados atualmente, especialmente em outubro, por conta do Outubro Rosa, que consiste na campanha para alertar a respeito do câncer de mama. Porém, o que muitos não sabem, é que o mês de julho também é um mês dedicado à saúde das mulheres, sendo o mês dedicado a discussão sobre o câncer ginecológico. 

Apesar de a medicina ter avançado muito e a cura ser cada vez mais possível, o diagnóstico de câncer sempre assusta. No câncer ginecológico, além do medo, há um estigma que relaciona a doença ao comportamento sexual. Muitas mulheres hesitam em consultar seus ginecologistas para prevenir e diagnosticar eventuais questões de saúde. O diagnóstico precoce do câncer ginecológico pode salvar vidas, quebrar o tabu social e falar sobre os sinais e sintomas dessas doenças é fundamental para essa mudança!

Quais são os cânceres ginecológicos?

A detecção precoce do câncer é essencial e ir ao médico ginecologista regularmente faz toda a diferença.  Em relação ao câncer ginecológico, a discussão é ainda escassa e muitas mulheres desconhecem os tipos comuns da doença – câncer de endométrio, câncer de colo uterino, câncer de vulva e câncer de vagina.

Uma das principais causas desse problema não ser tão abordado é principalmente pela timidez na hora de conversar sobre qualquer problema relacionada a essa parte tão íntima do corpo. Um estudo recente realizado pelo The Eve Appeal, revelou que uma em cada cinco mulheres associa o câncer ginecológico à promiscuidade sexual. Além disso, quase 40% das entrevistadas afirmaram sentir que há um estigma maior envolvendo o câncer ginecológico do que outras formas da doença. De maneira preocupante, este estigma está fazendo com que as mulheres hesitem em consultar seus ginecologistas para diagnosticar eventuais questões de saúde.

Câncer de colo do uterino

O câncer de colo uterino é o segundo tipo mais frequente entre as brasileiras. O principal responsável pela doença é o HPV, vírus transmitido por meio de relações sexuais. O rastreio da doença é feito por um exame ginecológico chamado Papanicolaou (citopatológico do colo do útero). A prevenção da doença é simples, com vacina contra o vírus e sexo seguro.

Rastreio do Câncer de Colo de Útero – como é feito o exame de Papanicolaou?

Para a realização do exame de Papanicolaou, é necessário que a paciente esteja em posição ginecológica – deitada, com as pernas elevadas nas perneiras. Por meio da introdução do espéculo vaginal (também chamado de “bico de pato”), obtém-se a exposição do colo do útero e a visualização do orifício cervical externo. Com uma espátula, as células são colhidas da superfície do colo e com uma escova especial, células são obtidas do canal do colo do útero. O material é depositado em uma lâmina e preparado com fixador citológico. Após, é enviado ao laboratório de patologia para ser analisado. O resultado fica pronto em 3-7 dias.

Sinais e sintomas do câncer de colo uterino

Na fase inicial do câncer de colo de útero, a mulher geralmente não tem sintomas. E é justamente por isso que a consulta ginecológica regular, com exame físico atencioso e a coleta do exame de papanicolaou são tão importantes. Em tumores mais avançados, pode haver sangramento vaginal durante ou após a relação sexual, dor pélvica e lombar, além de corrimento vaginal. Para as mulheres que já entraram na menopausa, também pode haver sangramento vaginal irregular, mimetizando uma menstruação.

Vacina para o HPV

Atualmente existem no mercado duas vacinas preventivas para o HPV: a vacina quadrivalente (GardasilR), específica para HPV tipos 6,11,16 e 18, e a vacina bivalente (CervarixR), para o HPV tipos 16 e 18. Os tipos 16 e 18 são os principais HPVs de alto risco e responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero. Os tipos 6 e 11 são de baixo risco para câncer, porém responsáveis por 80% das verrugas genitais. A indicação é para mulheres que ainda não tiveram relação sexual e, portanto, não teriam tido contato com o vírus.

Tratamento do câncer de colo uterino

A escolha do tratamento do câncer do colo do útero depende do estádio clínico em que a doença se encontra. A idade, a presença de doenças associadas e o desejo de manutenção da fertilidade também são importantes para a decisão. O tratamento inicial é realizado com cirurgia ou radioterapia com quimioterapia concomitante. É importante que ambos os tratamentos sejam explicados à paciente para que ela entenda o seu funcionamento, possíveis riscos e efeitos colaterais, assim como sempre se opte pelo tratamento mais conservador possível.

O que são miomas?

Os miomas ou leiomiomas são tumores benignos, originados na camada muscular do útero. É uma doença comum e geralmente assintomática.  Entretanto, na dependência do tamanho e localização dos miomas, eles podem gerar sangramento genital excessivo e sensação de peso na pelve. Nesse caso, pode estar indicado o tratamento. Os principais tipos de tratamento são a miomectomia (retirada do mioma), a histerectomia (retirada do útero) e a embolização das artérias uterinas (obstrução da vascularização dos miomas).




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