É o nome dado à cirurgia para retirada do útero. Entre as indicações desta cirurgia estão os distúrbios menstruais que não melhoraram com o tratamento conservador (após a exclusão de um processo maligno), miomas sintomáticos, adenomiose, prolapsos uterinos, câncer de colo uterino, endométrio e ovário. Com os progressos da técnica cirúrgica e das possibilidades anestésicas, a morbidade e a mortalidade atualmente são muito baixas.
A histerectomia pode ser realizada por três vias:
Para cada caso deve ser escolhida a melhor via de abordagem, levando em conta o tamanho do útero, a doença em questão, cirurgias previamente realizadas e as condições clínicas de cada paciente. Para isso, é fundamental uma avaliação completa por um médico ginecologista com treinamento em cirurgia ginecológica.
Riscos e complicações da Histerectomia
As principais complicações de uma cirurgia de histerectomia incluem sangramento, infecção de ferida operatória, abertura dos pontos, formação de seroma (coleção de líquido no subcutâneo) e lesões de órgãos próximos ao útero (bexiga, ureteres e intestino -> abaixo de 1%). A frequência das complicações depende da extensão da doença de base, sendo mais elevada nas pacientes com histórico de cirurgias prévias, tratamento com radioterapia na pelve, infecções pélvicas e em casos de obesidade. Como a histerectomia costuma ser um procedimento eletivo (não de urgência), há a oportunidade de informar a paciente detalhadamente os possíveis riscos e complicações, lembrando que esses riscos são minimizados quando a cirurgia é realizada por um cirurgião experiente nesse tipo de cirurgia.
Histerectomia e a Coleta do Exame Citopatológico do Colo Uterino
Pacientes submetidas a histerectomia subtotal (retirada do útero com manutenção do colo uterino) devem continuar realizando o exame citopatológico do colo do útero normalmente, pois o colo uterino foi mantido.
Já as pacientes que realizaram histerectomia total, com retirada do colo uterino, o risco de apresentar um exame citopatológico do colo do útero alterado após uma histerectomia por doença benigna (não oncológica) é de 1 em cada 1000 casos. Assim, mulheres com histerectomia total não precisam manter a coleta do exame para rastreamento, desde que a histerectomia tenha sido realizada por doença benigna, desde que ela não tenha história de diagnóstico ou tratamento de lesões no colo uterino e desde que tenha exame de papanicolaou anterior normal. Vale lembrar que, apesar de não necessitar mais da coleta do exame citopatológico, a paciente deve continuar realizando as consultas ginecológicas de rotina com o exame ginecológico, pois, apesar do útero estar ausente, a vagina e vulva podem apresentar alterações que só serão detectadas com o exame ginecológico.
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